terça-feira, 26 de agosto de 2014

Esse dia foi loko: Graham Nash

Selfie no espelho: quem nunca?
Eu havia contado aqui no blog que fui no incrível show do Crosby, Stills & Nash em Nashville. Contei também sobre o meu disco preferido do Graham Nash, Wild Tales. Mas como a vida não cansa de me surpreender, Crosby, Stills & Nash vieram tocar em Memphis e o Graham Nash fez uma tarde de autógrafos numa livraria, para divulgar seu livro, que tem o mesmo nome do meu álbum preferido dele. Sobre o show, não tenho muito o que falar além do óbvio: impecável. Sobre conhecer o Graham Nash na tarde de autógrafos, ah... Vamos lá.

Nós tínhamos comprado o livro com antecedência, portanto nosso lugar no começo da fila estava reservadíssimo. Mesmo assim, chegamos mais cedo na livraria, porque esse é o meu jeitinho. Quem me conhece sabe que eu chego mais cedo nos compromissos e nesse dia não foi diferente. E vamos combinar que passar um tempinho na livraria não faz mal a ninguém, né?

Quando começou a aglomeração para esperar o Graham Nash, fomos avisados que ele não iria assinar nada além do livro. Uma pena, porque eu levei meu Wild Tales (o álbum) achando que era bagunça, mas não era. O Rob se ofereceu para levar o álbum para o carro, mas recusei. "Vai que", né?

(PARÊNTESIS): Nunca fui muito fã de autógrafos, porque não via sentido nenhum numa assinatura, mesmo sendo de um cara extraordinário (não pedi autógrafo nem do Robert Plant, quando o conheci). Mas acabei fazendo duas exceções: Roger Hodgson e Chris Robinson, ambos em 2012. Os dois autógrafos foram em discos dos respectivos artistas, e quando me mudei para cá, vi que o Rob tinha alguns discos autografados também, então resolvemos fazer uma parede com discos autografados. Agora, fico querendo fazer a coleção crescer, quando tenho a oportunidade. 

Nash chegou sorrindo e falando com todos. Não vi direito o que aconteceu, porque estávamos na fila, mas notei que rolou uma conexão com um cara que estava usando uma blusa do Jimi Hendrix. O Rob também estava usando uma blusa oportuna: Woodstock. Quando chegou a nossa vez, Graham Nash olhou para a blusa do Rob e soltou um "lovely shirt!", o que já emendou em uma conversa sobre o aniversário de 50 anos do evento (que será em 5 anos), enquanto Nash autografava o livro. Além de mostrar empolgação sobre o assunto (o que me deixou super empolgada também, porque nunca sei se esses caras ainda se importam com essas coisas), ele contou uma novidade: está reunindo uma enorme quantidade de material para lançar oficialmente. Segundo ele próprio, "foram três dias de evento, mas só lançaram três horas de shows. Isso não tá certo, temos que achar mais!" Eu, que sou apaixonada por tudo relacionado ao assunto, empolguei e acabamos conversamos sobre Woodstock por alguns minutos, até a moça que estava organizando a fila nos apressar.



Várias pessoas levaram discos para serem assinados e Graham Nash não assinou nenhum, mas quando viu o que estava nas minhas mãos, soltou um "ah, whatever!", arrancou o disco da minha mão e o assinou. Esse era o momento em que eu queria falar que Another Sleep Song, última faixa do álbum, tinha uma grande importância na minha vida, mas a pressão era grande e tínhamos que dar a vez para o próximo da fila.


De qualquer forma, saí completamente satisfeita, sem perceber que estava dando pulinhos de alegria, haha! Só percebi quando uma senhora com blusa tie-die disse "como é bom ver alguém da sua idade estar tão empolgada com o Graham Nash!" 

Muah!

Um comentário:

  1. Maravilhoso texto Clara,conseguiu me deixar emocionado,com grande vontade de liberar as lagrimas que tentam sair dos meus olhos.kkkk.O comentário da senhora foi sensacional!!!!Viva o Rock n' Roll e vida longa para o Graham Nash.

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