segunda-feira, 22 de junho de 2015

Esse dia foi loko: Rolling Stones

Nashville é uma cidade grande e agitada, mas nunca, em 3 anos de visitas frequentes à capital do Tennessee, eu vi tanto movimento. Milhares de pessoas com camisas do Rolling Stones ocupavam as ruas e os bares da Broadway St. que, diga-se de passagem, faziam filas enormes, caso você quisesse comprar uma cerveja para ajudar a suportar o calor de 36 graus.
Perguntando de onde as pessoas vieram para assistir o show, escutei: Kentucky, Illinois, Ohio, Missouri, Louisiana, Minnesota, Canadá e diferentes cidades do Tennessee. Fiquei tentando colocar em perspectiva: uma banda que se tornou famosa nos anos 60 e se manteve famosa por 50 anos, lotando um estádio com capacidade para 69 mil pessoas, como é o caso do LP Field, em Nashville.

Rob e eu, no meio do mar de gente.
Quando chegamos ao estádio, o show de abertura já havia começado. Brad Paisley, cantor de Country que eu não conhecia até então, nos surpreendeu com uma participação muito especial. No meio de uma música, Paisley parou o show e se queixou: "eu não consigo cantar agudo assim... Tenho que chamar um amigo para me ajudar..." Foi nesse momento em que Joe Walsh subiu no palco e cantou uma de suas músicas mais famosas, Life's Been Good. Particularmente, adorei a participação do Joe Walsh, principalmente porque ele fez parte de uma das minhas bandas preferidas, James Gang. Por meio segundo, levei um susto quando todos ficaram enlouquecidos ao ver Walsh, pois acredito que James Gang não seja uma banda tão comum, a ponto de levar quase 70 mil pessoas ao delírio. Mas, logo em seguida, lembrei que depois de sair do James Gang, Joe Walsh fez parte de uma banda chamada Eagles, e seu primeiro álbum com essa nova banda foi Hotel California. Ops.
Brad Paisley, "not quite my tempo", mas fez um show ok, obviamente. Imagino que não chamariam um músico sem nenhuma qualidade para abrir o show da maior banda do mundo.

"Ladies and gentlemen, the Rolling Stones!"

Keith Richards toma o palco e já nos primeiros acordes de Jumpin' Jack Flash dava pra sentir o que viria pela frente. A gente sabe: Rolling Stones não é uma banda de surpresas. Compramos os ingressos para o show já sabendo o que esperar, inclusive. Eles usam uma banda de apoio, com backing vocals, saxofone, baixista, tecladista, mas a essência é a mesma: Mick Jagger, Keith Richards, Ronnie Wood e Charlie Watts. Eles não tinham que fazer muito para conquistar a plateia. Só tinham que aparecer, tocar as músicas que todos podem cantar junto, e aquele já seria um show memorável. Até nos momentos em que Jagger interagiu com o público, perguntando quem teria vindo de Knoxville ou Chattanooga para ver o show, pareceram ensaiados, mas quem liga? Eu não.
Mas foi após comentar que não iriam fazer diferente só porque estavam na cidade do Country e que iriam tocar um set normal, que veio o inesperado: Mick Jagger colocou um chapéu de cowboy e começou então Far Away Eyes, uma balada Country que a banda raramente toca ao vivo. Pra mim, esse foi o melhor momento do show. Eu amo Far Away Eyes e não estava esperando ouvi-la aquela noite. 

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Foi um total de 20 músicas, com Keith Richards cantando duas delas, e Brad Paisley voltando ao palco para acompanhar a banda em Dead Flowers. Show impecável. Com certeza vai ficar na memória, pois eu nunca tinha visto os caras ao vivo, apesar deles serem uma das minhas bandas preferidas, com o plus: o Ronnie Wood, que fez parte de mais 2 das minhas bandas preferidas (Jeff Beck Group e Faces). Foi muito bom poder vê-lo, também.

Mas, como eu sou atleticana e nada na minha vida vem fácil ou sem sofrimento e drama, logo depois do show ter acabado, eu me perdi do Rob, no meio daquele tanto de gente. Eu, com todo o dinheiro, os dois celulares e sem carro, completamente ENEBRIADA, e ele, com a chave do carro, apesar de que havíamos estacionado tão longe, que tivemos que pegar um taxi para chegar no estádio. Coincidentemente, dois amigos que trabalham comigo estavam em Nashville naquela noite. Liguei para que eles viessem me socorrer, mas estava tanta confusão e engarrafamento, que eles não conseguiram chegar até onde eu estava e eu tive que andar até eles. Passamos quase duas horas dirigindo ao redor do estádio até decidirmos ir onde o carro estava estacionado. Era lá que o Rob estava. O pobre coitado andou até o carro, achando que eu seguiria a mesma lógica.
Fim de noite, fim da diversão e também do desespero. Estou pronta pra próxima!

Muah! 

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Esse dia foi loko: Robert Plant

Você não precisa ser meu melhor amigo ou melhor amiga pra saber que eu tenho, desde os 12 anos de idade, uma paixão real pelo Robert Plant. Eu achei que ia passar com o tempo, mas não. Está aqui, firme e forte.
Aliás, só para dar um pouco de contexto, ele foi o motivo para eu ter vindo aos Estados Unidos pela primeira vez, em 2012. Havia boatos de que eu estava na pior, e eu estava mesmo, então resolvi me dar um presente e realizar o meu maior sonho. Como a máquina do tempo ainda não existe e eu não poderia me transportar para o final da década de 60, pensei "qual o meu segundo maior sonho?" Menos de meio segundo depois, a resposta: ver o Robert Plant.
Foi então que comecei a planejar a minha ida ao Sunflower Blues Festival, em Clarksdale, Mississippi. Resolvi dar uma viajada pela área, vim para Memphis e conheci meu marido, Robert (eu sei, mesmo nome). O resto está sendo história.
Pouco antes da viagem para ver o Robert Plant se concretizar, o próprio Golden God confirmou que iria tocar no Brasil no mesmo ano. Tudo bem. Me diverti no show em Clarksdale, conheci cidades maravilhosas e também o amor da minha vida, com quem me casaria, um ano depois. Então voltei ao Brasil para ver o primeiro amor da minha vida, com quem eu sempre sonhei, e foi na minha própria cidade que o encontro finalmente aconteceu:


De lá pra cá, já vi o show desse maravilhoso 4 vezes, mas vou contar como foi o último (até agora), que aconteceu no dia 12 de junho, dia dos namorados.


Confesso que quando cheguei no Mud Island Amphitheatre, local onde o show aconteceu, eu estava um pouco frustrada. Meu chefe havia comprado ingressos para todos do meu trabalho irem ao show e reservado o "rooftop" do Madison Hotel (um dos hoteis mais caros em Memphis) para a pre-party. Já comecei a ficar tensa quando cheguei no Madison e um cara que trabalha comigo falou "acabei de pegar o elevador com o Robert Plant, não tem nem 3 minutos!" Sempre tive a sensação de que tinha perdido o Robert Plant por 40 anos, mas naquele dia eu o perdi por 3 minutos. Que tortura!
Durante todos os segundos do show de abertura, o excelente Keb' Mo', só tinha uma coisa passando pela minha cabeça: perdi o Robert Plant por 3 minutos.
Bobeira minha, porque no momento em que as luzes se apagaram e a banda se colocou no palco, eu percebi que não não tinha perdido nada. Ele estava ali. Mais presente do que nas fotos que eu colava nos meus cadernos, quando adolescente. Mais real do que no DVD de The Song Remains the Same, que eu insistia em assistir todos os dias da minha vida, há anos. Quando as primeiras notas de The Lemon Song começaram, era "aqui e agora". Não era 1973, Nova York, Led Zeppelin, aquela realidade distante. Estava acontecendo na minha vida, Eu, agora casada, aos 24 anos de idade. E ele, aos 66 anos, dando uma aula de Rock N Roll.

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Minha banda preferida é Led Zeppelin, mas não se iludam. Eu não estava esperando ouvir Led Zeppelin naquela noite. A carreira solo do Robert Plant é excepcionalmente rica e é mais um motivo para a minha admiração. Equanto muitos dos meus artistas preferidos vivem de relançamentos, remasters, reuniões, re... Robert Plant continua sendo relevante e atual, sem usar o passado de bengala. Prova disso é seu álbum mais recente, "lullaby and... The Ceaseless Roar". Ainda é Robert Plant. É a voz dele. Mas não é Led Zeppelin. Ainda bem, né? 35 anos se passaram desde o fim do Led Zeppelin. Não vamos tentar arrumar o que não está quebrado.
Foi assim que a minha alma explodiu de alegria quando Robert Plant cantou, palavra por palavra, The Lemon Song, logo pra começar arregaçando. Aguenta, coração?

"Turn It Up", do novo álbum. "Black Dog", clássica do Led Zeppelin. "Rainbow", a música mais linda de "lullaby and... The Ceaseless Roar". E então, amigos e amigas, senhoras e senhores, "Going to California". Se existissem palavras para descrever como foi escutar essa música ao vivo, eu usaria. Mas não existem.

Minha felicidade não durou apenas uma noite. No dia seguinte, todos os meus colegas de trabalho não pararam de falar sobre como o show tinha sido incrível.
"Comprei o álbum dele e agora vou ter que passar 4 dias escutando, sem parar".
"Nunca tinha sentido atração por homem na minha vida, até ontem a noite".
"O cabelo dele, meu Deus do céu!"
"Quando o vento batia no cabelo dele, muito charmoso!"
"Agora só vou cantar segurando o microfone que nem ele".

Por um dia inteiro, todas as pessoas ao meu redor me entendiam. O assunto que é a minha realidade todos os dias, estava sendo comentado por todos. Passei o dia conhecendo pessoas que vieram para Memphis para ir ao show e trocando histórias. Heaven.
No final da tarde, a banda do Robert Plant deu o ar das graças no Sun Studio. Eles fizeram o último tour do dia. Eu vestia a camisa do show, o que rendeu uma boa conversa com o guitarrista, Justin Adams. Foi nessa conversa que descobri que eles não iriam embora até o dia seguinte, domingo, em que se apresentariam no Bonnaroo Festival.
"Obviamente, irão descansar amanhã", pensei. Ledo engano!
Foi no domingo, dia 14 de junho, dois dias depois do show, mais ou menos às 11 horas da manhã, que recebi uma mensagem no celular: Robert Plant está no Lafayette's Music Room, assistindo um show.
Sem exagero, o Lafayette's não fica nem 4 minutos de onde eu trabalho, mas mesmo assim, foi um sufoco pra chegar lá. Primeiramente, não consegui achar a chave do carro (mais tarde, descobri que eu havia trancado a chave dentro do carro). Um amigo que trabalha comigo me deu a chave dele e disse "vai com o meu carro, depois a gente acha a sua chave, agora não é hora de procurar". Achei que meus problemas estavam resolvidos, só até chegar na rua em que o bar fica, em que o carro simplesmente morreu. Me senti na cena de Whiplash, em que o personagem principal se envolve em um acidente de carro, deixa o local do acidente e continua andando, ensanguentado, para chegar pontualmente no lugar em que vai se apresentar. Tirando que na vida real não teve acidente, eu não estava ensaguentada e não deixei o carro na rua (ou seja, tirando tudo), apenas pedi ajuda pra empurrar o carro até o encostamento e saí correndo.

Quando cheguei no Lafayettes, Robert Plant já estava saindo. Eu não quis fazer a doida e não fui falar com ele, apenas olhei de longe, até que o guitarrista me reconheceu do dia anterior e falou "vai lá falar com ele!" e eu fui. Nisso, Plant estava atravessando a rua e eu atravessei com ele. Caminhamos juntos, até chegarmos no estacionamento. Foi aí que ele se virou e estendeu a mão para mim.
Não sei como qualquer outra pessoa reagiria nesse momento, mas eu fiquei completamente sem reação. Fiquei uns bons segundos repetindo "oh my God, oh my God", até ele se aproximar mais, sorrindo, olhando nos meus olhos, e dizer "it's ok, dear".
Aconteceu. Apertei e beijei a mão do Robert Plant, repetidamente. Decidi não falar nada, apenas deixar que o momento falasse por si.
Plant se despediu, entrou no carro, sorrindo, e eu tentei voltar para a vida real.
Quando atravessava a rua, mais uma surpresa: olhei para o lado e vi que um carro se aproximava, Era ele. De dentro do carro, no lado do passageiro, ele sorria e acenava para mim. Acenei de volta.
Até a próxima, dear...

domingo, 19 de abril de 2015

Esse dia foi loko: Lançamento da primeira música gravada por Elvis

Jack White. Até pouco tempo, eu ficava com um pé atrás quando escutava esse nome. Não me levem a mal, eu curti White Stripes quando eles surgiram, até comprei o primeiro cd deles com meu suado dinheiro de pré-adolescente que não trabalha, mas já tem preocupações reais, como "quantos dias no mês eu vou precisar pegar o dinheiro que meu pai me dá pra lanchar e juntar para comprar aquele cd?" Meu ponto é: comprar cd era serious business e mesmo assim eu quis White Stripes.

Meu problema com Jack White veio quando ele começou a fazer coisas aparentemente inovadoras, mas completamente sem graça e todos ficavam boquiabertos. Eu sempre tive a mesma reação da Polícia Surpresa do twitter com relação a tudo que Jack White fazia:



Vamos lembrar da primeira cena de It Might Get Loud (filme que eu adoro, por sinal), em que Jack White monta uma guitarra com pedaços de madeira, no meio do nada, com umas vacas observando o processo e, obviamente, tudo com muito ar de mistério. Acho que foi nesse momento em que eu bati o martelo e julguei: "Jack White é bem chato."



Muitas pessoas no meu trabalho são ligadas ao Jack White de alguma forma (amigos pessoais, profissionais, etc), além do próprio músico ser apaixonado pelo Sun Studio e ir lá frequentemente. Sendo assim, tenho escutado falar dele o tempo todo, desde que comecei a trabalhar no Sun.

Agora vamos ao que interessa: Elvis Presley.

Elvis gravou as músicas "My Happiness" e "That's When Your Heartaches Begin" no Sun Studio, quando tinha apenas 18 anos, no verão de 1953, e deu o acetato (vulgo vinil) de presente para seu amigo Ed Leek. Milagrosamente, esse acetato sobreviveu 62 anos e recentemente foi leiloado em Graceland, durante as comemorações de 80 anos de Elvis. Como não poderia ser diferente, o fã mais rico do Elvis, Jack White, comprou esse disco por 300.000 dólares e, PARA A NOSSA ALEGRIA, relançou as duas músicas no Record Store Day, por meio de sua gravadora, Third Man Records.

Third Man limitou o número de cópias do disco a 25 por loja (apenas lojas que participam do Record Store Day), mas nos fez um agrado e mandou 250 cópias para o Sun Studio. Não consegui conter a alegria e tirei uma foto boba, pra variar:


O disco é IDÊNTICO ao original, o que nos impressionou muito. Marian Keisker (secretária de Sam Philipps e quem gravou Elvis naquela tarde) usou um selo do disco dos Prisonaires e escreveu, no verso, "Elvis Presley - My Happiness". A cópia original está descascando e dá para ver o selo original, então alguns dos discos lançados por Jack White vieram descascando da mesma maneira, com o selo da música dos Prisonaires. Perfeccionista?

Um outro tour guide que trabalha comigo chegou a comentar: me irrita um pouco escutar as pessoas falando "você viu a nova do Jack White?" A minha vontade é falar "sim, o que é antigo pra gente, é a nova do Jack White"

Eu aceito o argumento, mas, depois dessa, acho que está na hora de aceitarmos que, noooossa, o Jack White é demais mesmo.

Muah!

quinta-feira, 5 de março de 2015

#NowPlaying - Fevereiro/2015

Artistas mais escutados no mês de fevereiro, valendo!


Norah Jones
Amantes da música sabem: nada melhor do que redescobrir um artista que foi importante em algum momento da sua vida. Até seu terceiro álbum, "Not Too Long", eu era completamente apaixonada pela Norah Jones. Com a chegada do quarto álbum, "The Fall", em 2009, dei uma dispersada, porque não é exatamente o que tipo de música que me atrai, apesar de não ser ruim, obviamente. Não sei o que me fez lembrar o quanto eu adoro aqueles três primeiros álbuns, mas de repente eu já estava os escutando loucamente de novo. Por isso, minha número 1 de fevereiro!

Elvis Presley
Dispensa apresentações, mas o motivo para ele aparecer aqui é porque eu coloquei meu iPod para tocar no som do meu trabalho e adivinha o que mais escutamos no Sun Studio? Elvis! Não toquei nenhum álbum específico, deixei todos no shuffle.

Marcos Valle
Ainda não passou a minha obsessão pelo álbum "Vento Sul", que fez parte da minha lista do mês passado.

Os Originais Do Samba
Apesar de estar frio aqui em Memphis, foi carnaval no Brasil. Muita gente reclama, muita gente curte, eu apenas observo de longe, literalmente. Ano passado me fantasiei para fazer faxina em casa, mesmo estando nevando lá fora. Não tive tanta disposição esse ano para me fantasiar, mas aproveitei musicalmente, com Os Originais do Samba (banda da década de 60 que contava com Mussum na sua formação original). Meu marido, americano, comentou que "é impossível ficar parado quando esse tipo de música está tocando". Isso significa que ele não é ruim da cabeça ou doente do pé?


Pink Floyd
David Gilmour lançou recentemente o "Endless River", primeiro álbum desde a morte do tecladista Richard Wright, em 2008. O álbum contém material gravado por Wright durante a gravação do trabalho anterior da banda, "Division Bell", de 1994, mas que não tinha sido utilizado até então. Muita gente criticou "Endless River" por ser tedioso e, em sua maior parte, apenas instrumental. Assim como outros artistas que estão na ativa há muito tempo, acho que o David Gilmour cria expectativas altas nos fãs, por ter lançado os álbuns mais clássicos do Rock N Roll. Muitos esperam que os trabalhos atuais sejam tão bons quanto os antigos, ou no mesmo estilo, porém, as pessoas mudam e os artistas também. Particularmente, gostei muito do Endless River, principalmente como música de fundo para ler, tomar banho, estudar, cozinhar, etc... Não é um dos meus álbuns preferidos de toda a história, mas nada contra também.

Humble Pie
Uma das coisas que percebi fazendo essa lista mensal é que às vezes é difícil explicar o motivo para ter escutado algum artista ou álbum específico. O artista em questão é o Humble Pie e o álbum é o "Town & Country" (1969), que eu escutei até cansar, porque...

The Band
The Band nunca é demais! Estive a escutando a gravação de um show deles de 1976, em Washington. Impecáveis. Você pode escutar o show no video abaixo:

Tedeschi Trucks Band
Eu e o Rob tivemos o prazer de ver o casal Susan Tedeschi e Derek Trucks ao vivo em 2013, na turnê em que a banda abriu para o Black Crowes. Fomos no primeiro show da turnê, em Nashville, e no último, em São Francisco (que acabou sendo o último show do Black Crowes, já que eles resolveram terminar a banda no começo desse ano). Tedeschi Trucks Band vai se apresentar aqui em Memphis no começo de abril e já compramos nossos ingressos para não correr o risco de esgotarem. Aproveitei, também, para escutar os maravilhosos álbuns "Revelator" (2011) e "Made Up Mind" (2013). Estou ansiosa para vê-los mais uma vez, pois é um show de excelente qualidade e muito feeling.

Elvis Costello
Costello também tem show aqui em Memphis se aproximando (semana que vem). Para ser sincera, eu não sabia muito sobre Elvis Costello, mas meu chefe comprou ingressos para todos do meu trabalho irem ao show e foi então que me despertou uma curiosidade em relação ao cara. Dei uma pesquisada básica e encontrei um ótimo álbum que combina bastante com meu momento calmo e contemplativo atual: "North", de 2003. Nada absurdamente genial, mas recomendo.

Buffalo Springfield
Outro momento "porque eu quis". Um dia, não me pergunte porquê, eu acordei com a música "Everydays" na cabeça e não sosseguei até escutá-la umas 10 vezes. Naturalmente, isso me levou a escutar o álbum "Again" inteiro. Ache uma música "mais ou menos" nesse álbum. Não existe.

Muah!

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

#NowPlaying - Janeiro/2015

Vou tentar fazer disso uma tradição aqui no blog: postar os artistas que mais escutei durante o mês, baseado na minha página do Last.fm, que faz a relação das músicas que escuto no computador, celular e iPod, por meio de um aplicativo chamado Scrobbler. Obviamente, escuto muito vinil e esses não entram na lista, assim como as músicas que escuto no trabalho. Mas you can't always get what you want, né.
Vamos lá:



Junior Parker
Trabalhando no Sun Studio, tenho me interessado por muitos músicos que gravaram lá e Junior Parker é um deles. Dentre todos os artistas de Blues que escuto o dia todo no trabalho, ele se destacou, na minha opinião, principalmente pelo jeito que canta. É divertido de escutar e mais divertido ainda de cantar junto. Curiosidade: Junior Parker é o autor da versão original de Mystery Train, mas obviamente a música fez muito mais sucesso na voz de Elvis Presley, dando origem ao filme de mesmo nome.



Marcos Valle
Eu já gostava do Marcos Valle há um bom tempo, mas só conhecia as músicas mais famosas, até resolver comprar 3 álbuns dele (aproveitei que já estava gastando dinheiro no Black Friday e fiz a festa na loja de discos. Voltei pra casa com uma caixa cheia). Comecei escutando Vento Sul, álbum de 1972, e até hoje não escutei os outros, porque não consigo cansar desse. Marcos Valle é um músico muito versátil e fica difícil de descrever o som dele. Tem samba, tem rock, tem psicodelia, tem balada, tem harmonia, tem de tudo. Mas tudo muito organizado e balanceado. Uma delícia de álbum, e o que falar dessa capa maravilhosa?



Davy Graham
Quem já escutou White Summer, do Led Zeppelin, conhece Davy Graham, mesmo sem saber. É que o Jimmy Page, além de declaradamente se inspirar no violonista Folk, gravou a interpretação de Davy Graham da música "She Moved Through The Fair" e a chamou de "White Summer". O álbum que tenho escutado ultimamente se chama "Folk, Blues & Beyond", que não inclui a música na qual Jimmy Page "se inspirou" para gravar White Summer, mas deixo aqui o vídeo do Davy Graham tocando a sua versão da música, que é originalmente um folk tradicional da Irlanda: 



Crosby, Stills & Nash
Dispensam apresentações. Obviamente, três dos meus artistas preferidos de todos os tempos. Escutei bastante no final do ano passado e começo desse ano, porque recentemente li a biografia do Graham Nash e deu vontade de escutar tudo de novo.


Ernie Chaffin
Outro artista que gravou no Sun foi Ernie Chaffin, que, ao contrário de Junior Parker, que alcançou certo reconhecimento no Blues, não fez sucesso nenhum dentro de seu gênero, o Country. Tenho pra mim que tenha sido assim porque Sam Phillips se concentrou muito em promover o Johnny Cash na época (com razão, convenhamos) e não prestou atenção nas outras pérolas do Country que tinha em mãos. Tudo bem, tudo bem... Muitos artistas tão bons quanto as estrelas da música não chegam a fazer sucesso. Não podemos ter tudo de mão beijada, mas podemos dar uma procuradinha (principalmente com a internet, tem tudo por aí!), então aqui vai uma dica pra quem curte Country: Ernie Chaffin!



Sid Selvidge
Para falar de Sid Selvidge, primeiro tenho que falar de "Mudboy and the Neutrons", que é uma banda daqui de Memphis da década de 70, que contava com ninguém mais, ninguém menos que Jim Dickinson. Sim, o melhor amigo do Keith Richards, que tocou piano em Wild Horses e pai de Luther Dickinson, do North Mississippi Allstars e ex-guitarrista do Black Crowes. Sid Selvidge tocava violão no Mudboy and the Neutrons e é o responsável pelo melhor álbum que escutei nos últimos tempos: The Cold In The Morning, de 1976.



Rich Robinson
Além de ter lançado o maravilhoso álbum "The Ceaseless Light" no começo do ano passado, Rich Robinson veio nos presenteando no decorrer do ano com os CDs "Woodstock Sessions", gravados ao vivo em maio de 2014. O terceiro volume do Woodstock Sessions foi lançado no final do ano passado e eu ainda tenho escutado bastante. Altíssima qualidade.

Zamalek Musicians
Além de curtir música, também gosto de dança do ventre. Zamalek Musicians apareceu nos mais escutados de janeiro porque tenho praticado uma coreografia da música Zay Al Asal, para apresentar em abril.

Led Zeppelin
Ainda não enjoei dos álbuns remasterizados e das gravações inéditas que o Jimmy Page lançou no ano passado, além de ter escutado bastante alguns álbuns que não escutava há muito tempo. O boxset de relançamentos liberarou o Kraken fã de Led Zeppelin dentro de mim. Sempre bom lembrar o porquê deles serem a minha banda preferida!

The Staple Singers
Mavis Staples vai tocar aqui em Memphis dia 13 de fevereiro e eu dei uma recapitulada nas músicas pelas quais eu me apaixonei loucamente quando era uma adolescente obcecada pelos movimentos de contracultura da década de 60 (ainda sou?). The Staple Singers, uma das principais bandas que deram voz ao movimento pelos Direitos Civis, era música para os meus ouvidos, literalmente, mas foi além disso, despertando o meu interesse cada vez maior por justiça social. Música que educa. Termino com "Respect Yourself", do festival Wattstax, o equivalente ao Woodstock dos Direitos Civis. Tem o documentário do festival no youtube, sugiro FORTEMENTE.


Muah!