terça-feira, 6 de maio de 2014

Perdidos no espaço: Graham Nash - Wild Tales


"Wild Tales" é o segundo álbum solo de Graham Nash, de 1973, e é considerado (por mim, hehe) o trabalho mais sincero dele. Muitos atribuem erroneamente o tom sombrio das letras ao assassinato da namorada de Graham, Amy Gossage, mas a tragédia aconteceu mais de um ano após o lançamento do álbum. O motivo de tanta tristeza foi o fim de dois relacionamentos: o amoroso, com Joni Mitchel, e o musical, com Crosby e Stills.


You'll never be the same without me by your side
There's no one I can blame about my foolish pride
As long as life's a grain of sand tossing and turning in the tide
I'll say it once again, you'll never be the same

(You'll Never Be The Same)


O disco foi um fracasso de vendas (e por isso veio parar no "Perdidos no Espaço"), o que fez Nash mudar de gravadora na época. Não conheço muito sobre a vida pessoal de Graham Nash, mas imagino que essa fase deve ter sido uma das mais difíceis para ele. De qualquer forma, estou com muita vontade de ler sua biografia, que ganhou o mesmo nome do disco: Wild Tales.

Musicalmente, o álbum é um easy listening super gostoso, que até lembra Crosby, Stills & Nash em alguns momentos. Tem todos os estilos que esperamos de Nash: Folk, Country, Americana... Conta, também, com participações de David Crosby, Neil Young (sob o pseudônimo "Joe Yankee") e, ninguém mais, ninguém menos que a pessoa que devastou o coração de Graham Nash. Isso mesmo: Joni Mitchel. Vai entender...


Track list:

1. Wild Tales
2. Hey You
3. Prison Song (com David Crosby)
4. You'll Never Be The Same
5. And So It Goes (com David Crosby e Neil Young)
6. Grave Concern
7. Oh! Camil
8. I Miss You
9. On The Line (com David Crosby)
10. Another Sleep Song (com Joni Mitchel)


No geral, é um excelente álbum, com uma sensibilidade incrível. Eu, particularmente, me derreto quando escuto desabafos musicais feitos por pessoas tão talentosas quanto Graham Nash. Ele conseguiu transformar tristeza e desespero em músicas que transbordam calma e tranquilidade. Pelo menos, essa é a impressão que eu tenho. Escute e me diga o que você acha:

(quem mais chorou junto, ao escutar a voz de Joni Mitchel lááá no fundo,
logo depois que Graham Nash canta a frase 
"I don't want to hurt you, but I never heard a word you said"?)


Muah!!

4 comentários:

  1. Legal!!!!!! Não conhecia esse disco.Acho o Nash um belo cantor e compositor.Canção bacana,bem ao estilo do grupo (c,s & n).Será que consigo este disco por aqui?

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  2. Eu gostei muito, e se vc não relatasse a história eu jamais saberia da existência desse álbum. Adoro histórias e curiosidades musicais! mimimim. Já espero a próxima postagem! rs

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  3. Uao...isso é que podemos chamar de Disco raro.

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  4. Muito boa a sua avaliação, me interessei em ouvir o disco! Quanto mais sofrido mais feeling hehe
    Na verdade, nunca baixei coisas do CSN porque meu padrasto tinha o CD Deja Vu e eu já ouvi algumas vezes pra que eu nunca curti muito. E sempre me atrai pelas velhas novidades Hard Rock (não que eu não goste de músicas lentas, pois até gostei dessa que vc postou ;)

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